O JornalDentistry em 2016-4-05
Um novo estudo descobriu que fumar altera drasticamente o microbioma oral, constítuido por uma mistura de cerca de 600 espécies de bactérias que vivem na boca. das pessoas, um novo estudo descobriu.
O estudo e a sua análise é a mais abrangente até à data para determinar os efeitos do fumo sobre o make-up e ação das espécies bacterianas na boca com base em testes genéticos precisos.
Fumar altera drasticamente o microbioma oral, esta é a conclusão de um estudo conduzido pela NYU Langone Medical Center e seu Laura e Isaac Perlmutter Cancer Center. Especialistas estimam que mais do três quartos dos cancros orais estão relacionados com o tabagismo, mas é necessário verificar se as diferenças microbianas orais relacionadas com o fumar contribuem para o risco da doença.
Segundo Jiyoung Ahn, PhD, pesquisador sénior e epidemiologista este estudo é o primeiro a sugerir que o tabagismo tem um impacto profundo sobre o microbioma oral, mas vão ser necessários novos estudos para comprovar.
Serão necessários novos estudos, para provar que essas mudanças enfraquecem as defesas do organismo contra as substâncias cancerígenas existentes no fumo do tabaco, ou que provocam outras doenças na boca, pulmões ou intestinos.
A equipe de NYU Langone utilizou amostras de lavagem oral de 1.204 homens e mulheres cuja saúde está a ser monitorizada e que fazem parte do maior estudos sobre de risco de cancro financiado pelos National Institutes of Health and the American Cancer Society. O participantes do estudo tinham todos mais de 50 anos de idade e o grupo era constituído por 112 fumadores, 571 ex-fumadores (17 % tinham deixado de fumar à 10), e 521 pessoas que nunca fumaram. A equipe usou testes genéticos e depois de análises estatísticas para identificar os milhares de bactérias em cada boca dos participantes do estudo. Foi dado relevância ao fato de os investigadores verificarem que o microbioma oral dos fumadores ser muito diferente do que o das pessoas que nunca fumaram e daqueles que tinham parar de fumar. A equipe também descobriu que o microbioma oral dos fumadores regride quando se para de ficando idêntico ao dos ex-fumadores (que não fumam há pelo menos 10 anos) mostrando o mesmo equilíbrio microbiano que os não fumadores.
Mais de 150 espécies de bactérias vêem o seu número aumentar significativamente na boca dos fumadores, enquanto outros 70 espécies apresentaram quedas acentuadas no crescimento. Por exemplo, os fumadores tiveram relativamente menos espécies de Proteobacteria (em 4,6% das bactérias totais na boca) do que os não fumadores (11,7%), com as Proteobacteria mostrado degradação motivada pelas substâncias químicas tóxicas produzidas pelo fumo.
Por outro lado, os fumadores apresentavam mais 10% de espécies de Streptococcus do que os não-fumadores, sendo o Streptococcus conhecido por promover a cárie dentária.
Contudo os dados fornecidos pelo estudo não permitem determinar o tempo necessário após parar de fumar para reequilibrar microbiomes orais dos ex-fumadores, mais estudos estão a ser planeados para determinar a linha do tempo necessário para recuperação microbioma .
O objetivo é identificar o que acontece biologicamente a partir das alterações relacionadas com o tabagismo no microbioma oral. A equipe pretende investigar também como essas alterações provocadas pelo fumo do tabaco podem influenciar o risco de vários cancros orais e noutras partes do corpo.
Fontes: Materiais fornecidos pela NYU Langone Medical Center / New York University School of Medicine.
Artigo publicado on-line em 25 de março no ISME (International Society for Microbial Ecology) Journal. Artigo "Another reason to break the habit: Smoking alters bacterial balance in mouth: Changes may promote diseases in mouth and gut; quitting restores bacterial mix over time." University School NYU Langone Medical Center / New York of Medicine.
Ver artigo completo: www.sciencedaily.com/releases/
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