O JornalDentistry em 2018-10-12

ARTIGOS

As bactérias da doença periodontal mesmo depois de mortas continuam a causar danos

Está morta, certo? Bem, talvez não, no que diz respeito às bactérias. O Dr. Richard H. Nagelberg comenta os resultados de estudo recente sobre a doença periodontal que mostra que a batalha está longe de terminar, mesmo quando a morte bacteriana é iminente.

A - Denticola Treponema B - Porphyromonas gingivalis, C - Tannerella Forsythia

Quanto mais aprendemos sobre as bactérias orais, mais percebemos que elas são muito inteligentes. Muito esforço tem sido despendido  numa grande variedade de estratégias para matar as bactérias que causam a doença periodontal com as noções básicas sobre a resposta inflamatória e com o pensamento de que os patógenos periodontais uma vez mortos não causam mais problemas. 
Um estudo de 2017 (1) com o tema: “Não tão rápido. Ainda não terminamos consigo”. Teve como objetivo determinar se a morte induzida pelos macrófagos aos agentes patogénicos periodontais, dava origem a moléculas que participam na patogenesia e progressão da periodontite mesmo depois da morte desses agentes periodontais

No estudo, os macrófagos foram inoculados com três bactérias específicas: Denticola Treponema, Porphyromonas gingivalis, e Tannerella Forsythia. Após a morte dos macrófagos, estimulados por bactérias, foram libertados pelos macrófagos, ATP, ácido úrico e proteínas de choque térmico 60, entre outros. O estudo conclui que a morte de células inflamatórias e o perigo de moléculas endógenas libertadas a partir de células infetadas com periodontopatógenos podem desempenhar papéis críticos na patogénese e progressão da periodontite, aumentando as respostas imunitárias e inflamatórias" (1) 

Conclusão: Parece que os macrófagos ao cumprir a sua função de fagocitar as bactérias nocivas, ingerindo-as, ao morrerem libertam moléculas que aumentar a resposta inflamatória e o desenvolvimento e progressão da periodontite. Esta é outra maneira clássica, d as bactérias ultrapassagem as nossas defesas corporais para seu benefício. Mesmo quando a morte bacteriana é iminente, ainda têm um uma ação ativa.  A doença periodontal é realmente muito complexa. 

 

Fonte: Dentistry IQ

Autor:  Richard H. Nagelberg, DDS  

Artigo original Dentistry IQ:  “Damaging even when dead: Bacteria from periodontal disease have one more card to play”

Referências: (1) Jun HK, Jung YJ, Choi BK. “Treponema denticola, Porphyromonas gingivalis, and Tannerella forsythiainduce cell death and release of endogenous danger signals”. 

 

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