JornalDentistry em 2025-2-22
A população da Idade Viking da Suécia parece ter sofrido de doença oral e maxilofacial grave, infeções sinusais e do ouvido, osteoartrite e muito mais.
Cerca de um ano atrás, foi publicada uma pesquisa baseada no exame de um grande número de dentes da população da Era Viking de Varnhem, na província sueca de Västergötland.
Varnhem é conhecida pelas seus milhares de sepulturas antigas e escavações de esqueletos bem preservados.
Cerca de um ano atrás, foi publicada uma pesquisa baseada no exame de um grande número de dentes da população da Era Viking de Varnhem, na província sueca de Västergötland.
Os médicos dentistas da Universidade de Gotemburgo levaram essa pesquisa adiante, analisando não apenas dentes, mas também crânios inteiros, usando a tomografia computadorizada moderna conhecida por CT scans
Análise detalhada da imagem
Os resultados apresentados no British Dental Journal Open sugerem que os quinze indivíduos cujos crânios foram examinados sofriam de uma ampla gama de doenças.
As tomografias computadorizadas mostram crescimentos ósseos patológicos no crânio e maxilar, revelando infeções e outras condições.
Vários indivíduos apresentavam sinais de terem sofrido de infeções sinusais ou do ouvido que deixaram vestígios nas estruturas ósseas adjacentes.
Sinais de osteoartrite e várias doenças dentárias também foram encontrados.
Todos os crânios vieram de adultos que morreram entre 20 e 60 anos de idade.
A responsável pelo estudo, Carolina Bertilsson, é investigadora assistente na Universidade de Gotemburgo e dentista no Serviço Público de Medicina Dentária da Suécia.
O estudo foi realizado com especialistas em radiologia dentária da Universidade de Gotemburgo e um arqueólogo do museu de Västergötlands.
Juntos, realizaram os exames e analisaram as imagens. As tomografias computadorizadas fornecem imagens tridimensionais que permitem aos pesquisadores estudar em detalhes os vários tipos de danos esqueléticos, camada por camada, nas diferentes partes do crânio.
Maior compreensão
"Havia muito para analisar. Encontramos muitos sinais de doença nesses indivíduos. Exatamente por que não sabemos. Embora não possamos estudar o dano no tecido mole porque ele não está mais lá, podemos ver os vestígios deixados nas estruturas esqueléticas", diz Carolina Bertilsson, e continua:
"Os resultados do estudo proporcionam uma maior compreensão da saúde e bem-estar dessas pessoas. Todo mundo sabe o que é ter dor em algum lugar, você pode ficar bastante desesperado por ajuda. Mas, naquela época, eles não tinham os cuidados médicos e odontológicos que fazemos, ou o tipo de alívio da dor - e antibióticos - que temos agora. Se você desenvolveu uma infeção, ela pode permanecer por muito tempo."
O estudo é descrito como um estudo piloto. Um aspeto importante foi testar a TC como método para estudos futuros e mais extensos." Muitos dos métodos arqueológicos atuais são invasivos, com a necessidade de remover osso ou outro tecido para análise. Desta forma, conseguimos manter os restos mortais completamente intactos, mas ainda assim extrair muita informação", diz Carolina Bertilsson.
Fonte: University of Gothenburg /ScienceDaily
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