O JornalDentistry em 2017-1-05

ARTIGOS

Investigação sobre revestimento para implantes dentário

A UPV/EHU-Universidad del País Vasco/Euskal Herrika Unibertsitatea está desenvolver um revestimentos para implantes dentários para garantir-lhes capacidades de sucesso após serem implantados.

As infeções orais são atualmente consideradas como a principal razão pela qual os implantes dentários falham. Um trabalho de pesquisa realizado pela UPV/EHU conseguiu desenvolver revestimentos capazes de prevenir potenciais infeções bacterianas e, se surgirem, eliminá-las, bem como fornecer aos implantes propriedades osteointegradas que facilitem a ancoragem ao osso.

Segundo Beatriz Palla, pesquisadora na área de Biomateriais do Departamento de Ciência e Tecnologia de Polímeros da UPV/EHU, a pesquisa de superfícies capazes de prevenir a colonização e adesão bacteriana na área envolvente ao implante é um tema de indiscutível interesse, corroborado pelo grande número de publicações sobre esse campo. Cerca de 10% dos implantes necessitam de ser removidos devido a problemas de ósseo integração ou ao aparecimento de infeções.

O grupo UPV/EHU, tem desenvolvido materiais destinados aos implantes dentários, obtendo revestimentos que facilitam a formação de osso ao redor do implante facilitando a ancoragem ao osso. O próximo passo é transformar esses revestimentos em bactericidas.

O método que usaram para isto foi síntese sol-gel. A síntese de Sol-gel baseia-se na preparação de uma solução precursora (sol) que, quando deixada sozinha durante algum tempo, transforma-se num gel que pode ser utilizado para revestir a superfície do parafuso de titânio e depois de tratamento térmico a uma temperatura elevada no forno, acaba por aderir ao parafuso que será implantado. É a sílica como precursora, porque em muitos estudos este composto tem mostrado ter propriedades osteoindutivas, o que facilita um dos objetivos a alcançar. Além disso, para fornecer os materiais com características antibacterianas foram adicionados vários agentes antibacterianos.

Três protótipos, um deles um segredo comercial

No estudo foram desenvolvidos três tipos de revestimentos dependendo dos vários agentes antibacterianos escolhidos. Cada um tinha um mecanismo para combater as infeções bacterianas quer profilaticamente, impedindo que as bactérias se fixassem inicialmente e a infeção subsequente, ou então eliminando-a essa infeção desenvolvida.

No caso de revestimentos profiláticos era "um material com uma degradação a muito longa para que aderisse ao ao parafuso e trabalhasse o maior tempo possível impedindo que a colonização das bactérias Nos revestimentos projetados para erradicar uma infeção estabelecida, é necessário um material de degradação rápida para que possa libertar o agente antibacteriano o mais rápido possível para atacar a infeção. Um dos revestimentos desenvolvidos para este fim "foi concebido para ser utilizado in situ, no parafuso infetado sem necessidade de extrair o implante do doente. Este novo material está a ser patenteado e continua sendo um segredo.

 

Fonte: UPV/EHU-Universidad del País Vasco/Euskal Herrika Unibertsitatea / Journal of Non-Crystalline Solids, 2016

Autores: F. Romero-Gavilán, S. Barros-Silva, J. García-Cañadas, B. Palla, R. Izquierdo, M. Gurruchaga, I. Goñi, J. Suay.

Artigo completo:  "Control of the degradation of silica sol-gel hybrid coatings for metal implants prepared by the triple combination of alkoxysilanes"

 

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