O JornalDentistry em 2016-8-28
Os portadores do vírus da imunodeficiência humana (VIH) ou que já apresentam a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) precisam de cuidados multidisciplinares que envolvem o médico dentista.
O estado de imunossupressão causado pelo vírus HIV leva ao risco de aparecimento de infeções oportunistas ou neoplasias que podem surgir na cavidade oral.
Através de exames, o médico dentista pode deparar-se com sinais e sintomas indicativos da infeção pelo vírus HIV, contribuindo para o diagnóstico precoce da doença.
Nos pacientes em que a infeção pelo HIV já foi diagnosticada, o médico dentista exerce um papel igualmente importante, que é o de manutenção da saúde oral, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida do paciente.
Com relação à transmissão do vírus HIV em medicina dentária, por acidentes na prática clínica, existe um risco pequeno, porém concreto. Este vai depender da gravidade do acidente (profundidade do corte, volume de sangue presente no instrumento contaminado, entre outros) além da carga viral do paciente. Estima-se que após um acidente percutâneo, o risco de soroconversão seja de 0,3%. Após uma exposição muco cutânea a sangue contaminado o risco é de 0,09%. Com o advento dos anti-retrovirais, após um acidente de trabalho, um tratamento profilático pode ser realizado, diminuindo ainda mais os riscos de contaminação. Para comparação, cerca de 30% a 40% dos profissionais (não-vacinados) acidentalmente expostos a sangue infetado pelo vírus da hepatite B, tornam-se seropositivos. No caso da hepatite C, o risco médio varia de 1% a 10%.
Nota: - O Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) é um lentivírus da família dos retrovírus. É constituído por moléculas de ácido ribonucleico (ARN), com uma única cadeia e possui envelope formado por proteínas.
Existem dois tipos de vírus da imunodeficiência humana, o VIH-1 e o VIH-2, e tanto um como outro só se reproduzem nos humanos. O VIH-1 é o vírus de imunodeficiência humana mais predominante, enquanto o VIH-2 se transmite com menos facilidade e o período entre a infeção e a doença é mais prolongado.
O vírus tem que entrar no sistema sanguíneo para poder multiplicar-se, infetando e multiplicando-se dentro dos linfócitos T4,(células CD4), que fazem parte do sistema imunológico. Ao penetrar na célula, o VIH transforma o seu código genético de ARN em ADN, através de uma enzima a transcriptase reversa, que lhe permite replicar-se e destruir as células CD4. Para completar o seu ciclo de reprodução, o vírus utiliza ainda outras duas enzimas, a protéase e a integrase.
As células CD4 são um elemento fundamental do sistema imunológico.
Todos os dias o organismo produz quase a mesma quantidade de células CD4 destruídas mas, a partir de certa altura, não consegue manter esse passando paciente que era seropositiva a ter SIDA. O limite para se considerar que um paciente tem SIDA são menos de 200 unidades de CD4 por mililitro de sangue.
Existem, pelo menos, nove subtipos do VIH-1 que são geneticamente diferentes, identificados com as letras de A a J (com exceção da letra E), todos pertencentes ao grupo M. Foram já identificados outros, bastante heterogéneos, pertencentes ao grupo O e ao grupo N.
Na América do Norte e na Europa predomina o subtipo B;
Em África a maioria das estirpes isoladas pertencem aos subtipos A, C e D, sendo o subtipo C o mais comum;
Na Ásia predominam os subtipos C e B e a forma recombinante AE.
Fora do organismo humano, à temperatura ambiente, o vírus pode sobreviver cerca de uma hora. E permanece vivo no sangue coagulado durante mais tempo.
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Fonte: Revista Odonto Ciência – Fac. Odonto/PUCRS
Adaptação: OJD
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