O JonalDentistry em 2020-3-28

CONVIDADOS

Juntos por uma saúde mais forte

Há muito que médicos, cientistas, professores e investigadores se dedicam a uma melhor compreensão dos benefícios do exercício para prevenir e tratar doenças, mas nunca tanto como agora.

Hugo Moniz

Já “Hipócrates (considerado o pai da medicina científica, 400ac) entendia os benefícios da atividade física e do controlo da ingestão de alimentos, como fundamentais para uma saúde equilibrada”.

No decorrer dos últimos anos, o Exercício tornou-se uma constante nas recomendações de boas práticas por parte das mais prestigiadas organizações científicas e governamentais dos países mais desenvolvidos para a prática de exercíciocomo medida preventiva para a saúde:

• New England Journal of Medicine,

• The Lancet,

• Elsevier - Preventive medicine,

• Bangkok Declaration on Physical Activity for Global

Health and Sustainable Development 2016

• Organização Mundial de Saúde (WHO 2011 ...),

• Sociedade Portuguesa de Cardiologia em 2017,

• Plano Nacional para a Promoção da Atividade Física (DGS),

• (muitos outros...)

Para contextualizar estas recomendações, será fundamental considerar algumas das necessidades gerais da população para entender o papel fundamental do profissional de exercício na sociedade:

• Estima-se que 67% da população é sedentária e que 49% não considera exercício como importante ou interessante (Sociedade Portuguesa de Cardiologia 2017).

• A população sofre de excesso de peso e de doenças metabólicas (...), uma parte da população portuguesa vive sobre um ritmo altamente frenético e desregulado (Sociedade Portuguesa de Cardiologia 2017).

• 36% da população indica sofrer de dor crónica (permanente há mais de 6 meses) o que afeta diretamente a economia nacional pelo aumento da taxa de absentismo, baixos níveis de performance e tolerância ao estímulo intelectual/

físico (Improving the Current and Future Management of Chronic Pain - Proposal 2010).

• As dores na coluna, as alterações musculares, a dor  cervical e a osteoartrite encontram-se no topo das principais doenças crónicas (Global Burden of Disease, The New England Journal of Medicine 2017).

• Estima-se que em 2035 tenhamos mais de 3 milhões de indivíduos (quase um terço da nossa população) com mais de 60 anos (Maria João Rosa Valente - Pordata).

• Patologias como a sarcopenia, osteopenia e osteoporose poderão ser combatidas através do Treino de força.

• O treino de força deve ser a componente principal dos programas de saúde pública (...) Duas sessões de treino de 20 min por semana sem uso a resistências demasiado elevadas, são suficientes (Elsevier - Preventive medicine).

No nosso entender é fundamental reforçar a ideia de que

os profissionais do exercício devem integrar as equipas de saúde uma vez que são peças integrante na definição de estratégias que permitam à população ter uma vida mais saudável, devendo assim colaborar e integrar nas equipas

multidisciplinares.

O treino de força como componente único do treino

Os profissionais de exercício evoluíram na sua formação, garantindo uma experiência de treino autêntica, segura, eficaz e eficiente, com um elevado nível de qualidade profissional.

 

https://exs.com.pt/profissionais-certificados-mapa/

 

Os profissionais dominam as seguintes áreas do conhecimento são:

i. Compreensão do treino de força pelo seu funcionamento interno e respetiva interpretação externa - o tão famoso movimento. É através da biomecânica, fisiologia humana (articular e muscular) e neural que podemos melhor inferir

as ações internas do corpo do cliente, avaliando sessão a sessão, a sua disponibilidade para produzir força.

ii. Construção de um exercício de força mais preciso, ajustado às reais necessidades fisiológicas, após perceber;

• Qual a amplitude articular que o cliente disponibiliza;

• Qual o seu nível de controlo dessa amplitude; e

• Qual o respetivo nível de tolerância.

iii. Por uma melhor pedagogia:

• Educam os clientes pelas suas reais necessidades identificadas e não pelos objectivos pessoais desejados por parte

dos clientes;

• Resiliêncientes;

Estas premissas são a base para criar uma autêntica personalização

do exercício e devida valorização em todos os profissionais certificados pela EXS EXERCISE SCHOOL.

Quanto melhor e mais individualizada for a construção de um exercício, melhor será a resposta fisiológica e tal determinará os graus de evolução e de satisfação produzida, pela respetiva experiência do treino de força.

Qualquer aplicação de força num corpo – provoca uma resistência, a qual terá que promover adaptações fisiológicas precisas e graduais, aos níveis muscular, metabólico e ortopédico, mas também a níveis medulares e cortinais. É aqui que o profissional se pode claramente diferenciar e tornar único na profissão, pela sua correta e ajustada adaptação momentânea e diária do estímulo – sobre uma correta aplicação de força nos clientes. Saber como deformar o diferente tipo de fibras (intrafusais e extrafusais), provocando uma experiência altamente enriquecedora e memorável, tornando-se fundamental a regulação emocional, através da amígdala (importante no desempenho, na do humor e, principalmente nos estados de medo e ira/agressividade. A amígdala é fundamental para a Auto preservação, por ser o centro identificador do perigo, gerando medo e ansiedade

e colocando-nos em situação de alerta, prontos para lutar) e do hipocampo (particularmente envolvido nos mecanismos de memória, em especial com a formação da chamada memória de longa duração, aquela que persiste, às vezes

para sempre. Um hipocampo intacto possibilita-nos comparar as condições de uma ameaça atual com experiências passadas similares, permitindo-nos assim, escolher qual a melhor opção a ser tomada para garantir sua preservação).

Fará sentido os treinos altamente intensos, não ajustados, sempre a querer superar os limites com constante associações ao “no pain no gain” para atrair, alcançar resultados e manutenção de boas práticas a médio longo prazo?

Estamos absolutamente convencidos que tais práticas incorrem num perigoso círculo de risco e, desta forma, quanto mais adaptado estiver o exercício às reais capacidades de um corpo, mais otimizada será a satisfação da experiência

do praticante e daí, obviamente, resultará uma maior taxa de retenção desse cliente, (porque se gera muito mais felicidade intrínseca e perceção de autenticidade do exercício em que o “delivery” só é possível através do profissional de Exercício). Assim, se pode potenciar o aumento das taxas de

retenção e de adesão “porque o cliente se sente melhor” e não apenas pelo simples incentivo de um “parecer melhor”.

A promoção de desenvolvimento do conceito de treino FORÇA sempre clínico, seguro, eficaz e eficiente é fundamental, assim como fomentar nos clientes experiências autênticas, tornando-os mais felizes pelas suas sensações e

promovendo gradualmente uma melhoria da sua saúde.

Caminhamos para uma sociedade com mais anos de vida, e é fundamental dar qualidade de vida a esses anos de vida. 

 

Mestre em Gestão Empresarial pelo INDEG - BUSINESS SCHOOL ; Licenciado

em Educação Física e Desporto pela ULHT; Founder & CEO EXS Exercise

www.exerciseschool.pt; Personal Trainer; Formador.

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OJD 123 DEZEMBRO 2024

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