O JornalDentistry em 2017-7-17

CRÓNICAS

Diferentes Gerações com aglutinação de visões (Parte I)

E como todas as boas crónicas contêm um pouco de história, comecemos com ela: os calendários marcavam 2013 quando nos cruzámos. A primeira impressão foi assaz positiva, corroborando a opinião geral.

Mafalda Ramos, recém-licenciada

Inteligente, alegre, amigável, bondoso, enérgico: assim se descreve Miguel Pais Clemente em 5 palavras, aos olhos de quem, um dia, teve a sorte de ser sua aluna.
As páginas iam virando e, em 2015, entro para a Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, na qualidade de presidente da Direção, e vivo uma das oportunidades que apenas alguns têm a sorte de experimentar.
Mais um adiantar dos ponteiros e travamos em 2017, precisamente no mês de abril, o qual me dá a chance de abraçar um novo desafio, desta feita enquanto presidente da comissão organizadora da vigésima oitava edição das Jornadas da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, ao lado de um brilhante grupo de alunos finalistas e com o apoio de uma Comissão Científica louvável, presidida por Afonso Pinhão Ferreira, que desde sempre nos vem habituando com o seu estilo único, marcante e de pulso. É, adicionalmente, neste evento, com uma forte intervenção de Miguel Pais Clemente, que surge o primeiro curso de confeção de protetores bucais no âmbito da medicina dentária.
O tempo insistiu em não parar e aqui estou, praticamente uma recém-licenciada, pronta a abraçar o desespero da incerteza e da responsabilidade. E inicio, evitando “desastres apneicos” para os que ainda se encontram a ler, uma reflexão sobre a postura da geração que integro. Existem inúmeras vias pelas quais os estudantes poderão enveredar: a mais política, a que se dedica à investigação, a que visa uma sólida experiência clínica ou, ainda, a inércia. Independentemente da via eleita, torna-se fundamental apartar dois conceitos: estratégia e tática. Apesar de, erradamente, parecerem sinónimos, deve sempre incluir-se cada um destes termos, respetivamente, numa visão a longo e a curto prazo. Traçado o plano escolhido, combinado com uma forte convicção e muitas horas de trabalho, o sucesso será um fator mais perto de ser alcançado.
E foi este fator que aglutinou estas duas gerações: sucesso. Foi a semelhança de visões, a convergência de perceções e o escrutínio do presente que levou dois indivíduos a aperceberem-se do gosto pela mesma área e da franca necessidade de a levar adiante. Desporto. Medicina Dentária. Sucesso.
Surge, do peso crescente que a prática desportiva assume no quotidiano, a dilatada necessidade de prevenir eventuais danos orofaciais, por parte de atletas de diferentes áreas e escalões, que hipoteticamente os impeçam de percorrer o seu trajeto em busca do sucesso. Apesar de ainda “verde”, a comunidade médico dentista começa, portanto, a compreender a necessidade de ampliar a sua formação no que toca à traumatologia e medicina dentária desportiva, uma área de particular importância na qual os jovens médicos dentistas deverão ver uma possível tática para desenhar a sua estratégia.
 

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