O JornalDentistry em 2017-6-01
Ana Rita Alemão é co-fundadora e managing partner da LYD Leading for Greatness, onde trabalha como consultora e coach. Esta especialista em performance organizacional explica a importância das soft skills para o desempenho de profissionais de saúde e o seu relacionamento com o paciente
O JornalDentistry - De forma sucinta, como definiria as soft skills?
Ana Rita Alemão - As soft skills são competências inter- pessoais que nos permitem melhorar as interações con- nosco próprios, com os outros e com o mundo em redor. São um complemento das hard skills (estudos superio- res/ conhecimentos técnicos) e transversais a todas as áreas profissionais, sendo também muito importantes para melhorar a vida pessoal. Estas competências sociais e comportamentais podem ser traduzidas na capacidade que cada um de nós tem de se gerir a si próprio, de comu-
nicar, de trabalhar em equipa, de liderar ou, por exemplo, de negociar e influenciar.
O JornalDentistry - Que soft skills deve um profissional de saúde oral ter?
Ana Rita Alemão - Um profissional de saúde oral, pelas caraterísticas da sua função, deve principalmente ser capaz de demonstrar empatia e de comunicar de forma positiva. A empatia é a nossa capacidade de calçar, por momentos, os “sapatos do outro” e sentir o que ele sente. Um profissional da saúde oral não se pode esquecer que lida constantemente com pessoas e, consequentemente, com todas as suas dúvidas, medos e ansiedades despoletados por uma visita ao médico dentista. Devem por isso desenvolver uma abordagem holística ao paciente, que integre a técnica (cuidados médicos) e a pessoa. Associada a esta capaci- dade interpessoal está outra: a comunicação positiva. A comunicação positiva deve simul- taneamente ser construtiva e assertiva de forma a melhor esclarecer, informar, envolver e influenciar os pacientes.
O JornalDentistry - Porque é tão importante um médico dentista equilibrar as suas soft skills com as hard skills para ser um profissional de sucesso e como pode fazê-lo?
Ana Rita Alemão - Hoje em dia já não chega ser bom tecnicamente. Não chega SABER ou SABER FAZER, é necessário SER. Um profissional de sucesso deve, não só, ser bom tecnicamente, mas tam- bém ser bom nas relações profissionais que é capaz de estabelecer. É esta combinação que assegura a desejada sustentabilidade da performance profissional.
Um médico dentista, para melhorar a sua relação com os colegas e com os pacientes, deve ser capaz, em primeiro lugar, de se autoconhecer: identificar e compreender as suas emoções, as suas atitudes e os seus comportamentos, analisando de que forma estes con- tribuem ou não para um bom desempenho profissional e para a sua satisfação pessoal.
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