Um ano que será de decisão sobre mais três especialidades dentro da medicina dentária que pretendem reconhecer clínicos de excelência em cada uma delas e, ao mesmo tempo, os incentiva a dedicarem (-se) a maioria do seu tempo clínico e de formação em prol da ciência e dos pacientes.
Um ano em que a procura pela formação pós-graduada parece estar a crescer imenso, e que centros de formação privados vão surgindo, cada vez mais, nesta demanda de mercado que pode significar que Bolonha, de facto, não trouxe mais-valias a uma profissão que tem uma grande componente técnica.
Um ano em que o “minimamente invasivo” veio para ficar. Seja na dentisteria estética adesiva ou na cirurgia plástica periodontal, seja na conservação do esmalte ou dos tecidos gengivais interproximais, a palavra de ordem para 2017 é “preservar”. Preservar esmalte para aderir, preservar osso para minorar o volume a reconstruir, preservar a raiz dentro do alvéolo, para que ela preserve o osso vestibular, preservar tecido da papila e tunelizar o enxerto gengival.
Um ano em que o “mais rápido” dará lugar ao “menos invasivo”. Em que o conforto do paciente será o que virá primeiro. O médico dentista do ano será eleito não entre os que fazem um procedimento em dois minutos mas entre os que o fazem, sob ampliação e com microinstrumentos, com resultados finais impercetíveis a olho nu, ou à captação de uma objetiva.
Um ano em que a imagem, a fotografia, atingiu o apogeu da resolução, do filtro, da exploração da luz com o objetivo, não só de captar o resultado do tratamento, mas de o transmitir como resultado de uma imagem. Um ano em que, espero, as imagens que veremos em congressos, cursos, artigos, sejam o resultado dos tratamentos e não o resultado da captação desses mesmos tratamentos.
Um ano em que a imagem estática, a fotografia, tendencialmente, dará lugar ao vídeo, à imagem em movimento, em que percebemos isso mesmo pelos “posts” no Facebook em que a vida (e por consequência o trabalho) será posta cada vez mais em direto. Será este ano de 2017 em que ou estamos em direto do nosso consultório (leia-se do nosso microscópio) ou não estaremos a trabalhar de todo?
Para O JornalDentistry, sinto que este ano de 2017 vai perpetuar o muito e excelente trabalho que já vem sido feito mas também anseio por uma “vida” ainda mais cheia de conteúdos, artigos e novidades.
Para mim, sinto que este ano de 2017 será também um ano de continuar projetos que resultam do trabalho na medicina dentária em geral e na periodontologia em particular, e ao mesmo tempo de ir abraçando novos desafios à medida que o universo se organiza para que se possam ir concretizando. A direção desta revista é, sem dúvida, um dos mais aliciantes de 2017! Conto convosco!
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