Não podemos negligenciar que os novos pacientes e, entenda-se novos
pacientes aqueles entre os 20-30 anos, não escolhem mais o seu médico
dentista, na hora de trocar ou procurar uma referência de especialidade
dentária, pelo “passa a palavra” do amigo, familiar ou colega de trabalho.
Mais de 60% deles escolhem o profissional procurando no Google por
palavras-chave e confrontados depois com o site, rede social, facilidade de
contacto de marcação, acessibilidade e curriculum fazem a sua escolha. E
necessariamente por esta ordem.
Assim aparece o conceito de “Brand Marketing” em oposição ao “Direct
Marketing” que englobava o passa a palavra ou marketing boca a boca.
O site
www.testmysite.org permite já, inserindo a designação do site das
clínicas que o tiverem, calcular e avaliar parâmetros de rapidez de abertura,
qualidade e quantidade de conteúdos, facilidade de visualização em
smartphones e atribuir uma nota positiva ou negativa à construção do site
duma forma muito fácil.
Mas também as redes sociais tipo Facebook e Instagram permitem hoje
em dia contabilizar likes, cliques de abertura, alcance de publicações,
número de seguidores, tudo isto avaliado ao dia, à semana, ao mês. Inclusive
podemos perceber por região demográfica quem são as pessoas que
mais interagem com a clínica, sua profissão, m.dia de idades.
Claro que tudo isto obriga a um gestor de “Brand Marketing” ou a um
gestor de redes sociais nem que seja virtualmente através de aplicações
como o Buffer ou o Hootsuite. E a minha maior preocupação com tudo
isto é a linha ténue que separa muitas vezes o que se mostra, fotografa,
retalha para mostrar até fora do contexto da cadeira do dentista e o atendimento
humano e profissional que deve sempre fundamentar os atos clínicos
que no final deixamos como marca no sorriso dos nossos pacientes.
Mas, de facto, a forma como a sociedade busca informação sobre os
seus prestadores de cuidados dentários mudou e está a mudar com as
gerações mais novas. Nós, clínicos, temos de nos ir adaptando a esta realidade.
Sempre doseando e equilibrando o tempo que dedicamos à nossa
própria formação e crescimento profissional, investimento e dedicação
constantes à profissão em detrimento de estarmos a criar imagens sociais
falsas que não conseguem transformar em bocas aquilo que prometem
transformar em fotografias.
Sempre estando verdadeiramente e humanamente envolvidos ao serviço
dos nossos pacientes