Medicina Dentária e tecnologia: Para onde caminham?

Não só tecnológico-dependente mas também muito digitalmente
controlada. O CBCT Scan e os scanners intraorais são hoje uma realidade,
não só das grandes clínicas mas dos pequenos consultórios de cada
cidade. Juntando um software de modelação para produzir o scan dos
dentes do paciente e uma impressora 3-D de secretária (que ronda os
3000€) poderemos rapidamente estar a produzir guias cirúrgicas para
colocação de implantes, dentes provisórios, dispositivos de controlo de
assentamento e registo oclusal a um custo muito baixo e num curto
espaço de tempo.
Também a impressão 3-D de blocos de enxerto ósseo adaptados e personalizados
a cada paciente é uma realidade cada vez mais perto que,
estou certa, revolucionará a regeneração óssea na próxima década.
A FDA (Food and Drug Administration) acaba de aprovar para lançar para
o mercado o sistema robótico de colocação de implantes Neocis da Yomi
que promove ajuda pré e intra-operatória para a colocação de implantes
dentários e que permite visualização 3D e correções de eixo em “real
time”. E seria infindável a lista de tecnologia, sem falar nos produtos novos
em linha de lançamento, com que seguramente a IDS nos brindará em
mais esta edição.
O médica dentista do futuro é um médico dentista tecnológico, que
domina o digital e o software, de forma a apostar num planeamento mais
protocolar e menos “free hand”. Isto não significa que a técnica e a mão
não precisem de lá estar sempre. Significa, sim, é que cada vez mais o
médico dentista do futuro terá de ter uma muito boa cabeça muito bem
ligada a umas muito boas mãos.
É do trabalho desta tríade que se fará o sucesso dos nossos tratamentos.
É da incorporação inteligente da tecnologia digital na clínica diária que
se fará o médico dentista do futuro.