JornalDentistry em 2024-6-20

EDITORIAL

Meu querido mês de junho

Gosto muito do mês de junho. É aquele mês em que o ritmo ainda não abrandou, mas as férias já estão marcadas e, por isso, está quase a abrandar. Os dias são grandes e as semanas pequenas.

Célia Coutinho Alves, DDS, PhD, médica dentista doutorada em periodontologia

Os feriados fazem de junho aquele mês em que o equilíbrio entre horas de trabalho e horas ainda de luz quando se chega a casa nos acerta o compasso circadiano e nos deixa mais felizes. E afinal não é isso que todos queremos? Momentos felizes?
Este mês o meu irmão ofereceu-me um livro de Ricardo Costa, líder do grupo Bernardo da Costa e presidente da Associação Empresarial do Minho. O livro        intitula-se “A felicidade é lucrativa” e é a prova de que, como ele mesmo diz,                    “As empresas não são feitas de pessoas, as empre- sas são as pessoas”. A verdade de estarmos na medicina dentária também com o papel de empresários é desafiante e, por vezes, atrevo-me a dizer, a forma mais difícil de estar na medicina dentária. O cuidado ao paciente, misturado com a necessidade de constante atualização, envolvidos pela necessidade constante de equilibrar as contas, dar lucro, para poder rein- vestir, fazem da posição do diretor clínico, médico dentista, líder da equi- pa, a posição de equilibrista máximo.
Já há algum tempo, mais precisamente desde que fiz uma residência clínica em periodontologia em Boston com o Dr. Myron Nevins, ainda eu estava no início do meu percurso como médica dentista, que ficou claro pela sua dedicação abnegada e pelas suas palavras que era minha “obrigação” passar aos outros aquilo que com ele tinha aprendido. E assim tenho tentado fazer. Segundo Jack Balousek, presidente da firma norte-americana The North Communications, as 3 fases da vida são: “learn, earn and return”, ou seja, “aprender, receber e devolver”. Atrevo-me a transpor esta filosofia de vida para a filosofia das equipas. Para liderar uma equipa, para aprender a liderar uma equipa, para a merecer e poder esperar o retorno disso mesmo é preciso investir. Há uns anos pesava que o investimento era sobretudo em retorno financeiro. Hoje estou cada vez mais convencida de que o investimento é no seu bem-estar, na felicidade das pessoas, no reconhecimento do seu valor.
Boas leituras!

 

 

Célia Coutinho Alves, Médica Dentista Especialista em Periodontologia pela OMD, Doutorada em Periodontologia pela Universidade Santiago de Compostela

 

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OJD 118 JUNHO 2024

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