JornalDentistry em 2024-5-16

ENTREVISTA

23º Congresso Nacional da APHO mantém compromisso de valorizar papel do higienista oral

O Congresso Científico deste ano tem como tema “Vale a Pena ser Higienista Oral” e pretende enaltecer o papel dos higienistas orais como “membros-chave das equipas interdisciplinares”.

Dra. Sabina Ramalho, Presidente da Comissão Organizadora do 23º Congresso da APHO

Evento servirá igualmente para dar a conhecer a estratégia delineada para a saúde oral em Portugal.

—O tema do Congresso deste ano é “Vale a Pena ser Higienista Oral”. Pode especificar melhor a mensagem e o porquê deste tema?

O lema “ Vale a Pena ser Higienista Oral” pretende realçar a capacidade do higienista oral e do seu perfil profissional como uma mais-valia, aumentando a consciencialização dos stakeholders e profissionais de saúde sobre o âmbito total da profissão e as suas contribuições potenciais, colocando os higienistas orais como membros-chave das equipas interdisciplinares de cuidados de saúde primários, preparados e orientados para prestar serviços preventivos de saúde oral em ambientes não tradicionais, com enfoque na comu- nidade. A linha da frente são os higienistas orais pela sua atuação na promoção da saúde e prevenção da doença, logo desta forma “Vale a Pena ser Higienista Oral”.

—Fale-nos do programa científico e que novidades podem esperar os participantes? Que conferências destaca?

Naturalmente, e à semelhança dos anos anteriores, a APHO manteve o compromisso de valorizar a profissão de higienista oral, apostando sempre na melhor qualificação e formação contínua destes profissionais, contribuindo assim para promover a qualidade e saúde da população na prestação dos cuidados. O Congresso Nacional da APHO tem um programa científico de excelência e diversificado, com palestrantes de referência e temas muito atuais. Neste Congresso, como aliás é sempre a nossa tradição, tentamos trazer temas que vão ao encontro das necessidades dos higienistas orais, seja na prática clínica individualizada, seja na área da saúde pública. Todos os temas são muito interessantes e seria injusto destacar algum. Em qualquer um dos temas valoriza-se a validade científica de estratégias de intervenção em saúde oral e que melhorem os resultados em saúde a nível da redução das doenças, da melhoria dos tratamentos efetuados e da perceção dos pacientes sobre os seus problemas e formas de manter o seu estado de saúde. Destacamos o curso                   Pré-Congresso com o tema “Gestão do Doente com Patologia Sistémica na Clínica Diária” e a Formação da Swiss Dental Academy - Hands-On, como uma mais-valia complementar. Destacamos ainda o lançamento da 2ª edição do livro “Manual de procedimentos em doentes medicamente comprometidos” e os pósteres científicos, que constituem uma oportunidade para os colegas verem os seus trabalhos divulgados.

— Haverá palestrantes nacionais e internacionais? Quais foram os critérios adotados para a escolha dos mesmos?

Os palestrantes têm experiências em contextos sociais e profissionais diferentes, porque é importante conhecer outras realidades de trabalho como forma de enriquecimento e partilha de saberes. Dos palestrantes nacionais desta- camos médicos que irão explorar a relação entre a patologia sistémica e a saúde oral, médicos dentistas nas abordagens a doenças comuns da cavidade oral, a saúde oral na gravi- dez e em crianças e temas socioprofissionais por higienistas orais e por profissionais da área de gestão. Haverá também espaço para se conhecer a estratégia delineada para a saúde oral em Portugal e para saber o que mudou na legislação da proteção radiológica. Haverá dois palestrantes internacionais, higienistas orais, que nos trarão a realidade dos higienistas na Europa e a inovação na área estética.

— Quais as vossas expectativas relativamente ao número de participantes?

O número de congressistas tem vindo a crescer a cada nova edição e as nossas expectativas estão muito elevadas, por isso esperamos superar o número do ano passado, ultrapassando os 350 participantes.
O Congresso compreende também o concurso “Saúde Oral com Criatividade” com o tema “Duas realidades para o mesmo olhar”. Qual a mensagem/razão deste tema e como se relaciona com o Congresso?
A forma como encaramos e interpretamos cada realidade é diferente, por vezes até oposta, e é isso que valoriza o ser e o saber. Este ano a APHO lançou a 1ª Edição do Concurso Saúde Oral com Criatividade, com bastante adesão, rececionámos trabalhos muito criativos que vão ser expostos num espaço privilegiado, que mostram a interpretação e perceção diferente sobre vários temas, mas todos focados na promoção e prevenção em saúde oral.

— Que últimos avanços na higiene oral em Portugal tratados no programa científico do Congresso devem ser tidos em conta pelos profissionais da área em Portugal?

Os maiores desafios nesta profissão têm sido corresponder à maior satisfação do paciente com igual capacidade de resposta em ganhos em saúde e bem-estar do mesmo. Logo, o foco deve ser, sem dúvida, nos cuidados preventivos. O programa científico foi pensado nesta base, para acompanhar as várias etapas da vida de utente, procurando preco- cemente agir, com a intervenção na grávida e na infância, melhorando a saúde oral do adulto, quer a nível estético quer funcional, abordado a higiene oral com doenças de foro sistémico e psíquico. Terminamos, neste sentido, com o lançamento da 2ª edição do livro “Manual de Procedimentos para doentes medicamente comprometidos”, livro de bolso que muito gratifica o trabalho diário do HO por ser uma ferramenta fundamental na prática clínica. Neste Congresso procurámos trazer temas que reflitam a inovação e investi- gação que são fundamentais para o avanço da saúde oral.

— Que eventos sociais estão previstos no programa?

Como habitual, iremos realizar um jantar convívio no primeiro dia do 23º Congresso Nacional da APHO, dia 17 de maio, aberto a todos os interessados, mediante inscrição prévia, no Restaurante Azure, em Carcavelos

 

 

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