O JornalDentistry em 2018-11-27
A cidade do Porto recebe nos dias 22 e 23 de março o Congresso Ibérico da International Team for Implantology (ITI), organização académica de profissionais de implantologia formada na década de 80 com o intuito de promover a prática clínica baseada em evidência científica. O Prof. Doutor Ricardo Faria e Almeida, presidente do Congresso e delegado de Educação do ITI, partilha os principais destaques do evento
Prof. Doutor Ricardo Faria e Almeida
O JornalDentistry – O nome do evento será 'Everyday Implantology'. Qual a dimensão do mercado de implantes na Península Ibérica?
— Prof. Doutor Ricardo Faria e Almeida – O tratamento com implantes tem vindo a crescer nos últimos anos. Deve sempre ser entendido como uma opção de tratamento que temos em mão para resolver os problemas dos nossos pacientes e não como a única. Ora, dito isto, também é verdade que fruto dos contínuos avanços tecnológicos e científicos, o tratamento com implantes é cada vez mais uma opção viável e segura com altas taxas de sucesso. No entanto, não está livre de complicações. Nesse sentido, o número de indicações tem vindo a aumentar consideravelmente, o que torna o seu uso uma opção cada vez mais presente nas clínicasde medicina dentária.
O JornalDentistry – O que será a implantologia no futuro?
— Prof. Doutor Ricardo Faria e Almeida – Quanto à implantologia de futuro, creio que será aquela que permite, com a menor morbilidade possível, resolver os problemas que temos pela frente com elevadas taxas de sucesso. Digamos que o futuro passará por ser mais eficaz nos tratamentos, com menos morbilidade e menos complicações. Para isso o médico dentista deve estar preparado para um contínuo avanço nesta área e, por isso, deve estar continuamente atualizado.
O JornalDentistry –Quais as principais preocupações da comissão científica no planeamento do evento?
— Prof. Doutor Ricardo Faria e Almeida – Na sequência do que foi atrás referido, o programa científico foi delineado com dois objetivos essenciais. O primeiro foi estabelecer uma sequência lógica da nossa prática clínica, ou seja, dar aos colegas a informação mais atualizada durante todo o processo de diagnóstico e de tratamento com implantes, abordando as novas tecnologias nesta área. O segundo foi escolher os melhores oradores a nível internacional em cada um dos temas a abordar.
Assim, teremos vários blocos: diagnóstico e planeamento, o que fazer quando se extrai um dente e de que forma estafase pode ajudar no tratamento futuro com implantes; depois como abordar as áreas de maior dificuldade, ou seja, as áreas com pouca disponibilidade óssea, seja a nível do setor anterior e/ou posterior; e por fim, abordar de que forma podemos tratar as complicações que surgem durante e após o tratamento com implantes. Digamos que a ideia foi elaborar um programa onde se pudesse discutir, desde a fase prévia à fase posterior de colocação de implantes, de que forma podemos reduzir as complicações bem como o tipo de alternativas que temos para tornar os nossos tratamentos mais eficazes e previsíveis e com menor morbilidade.
Creio, sinceramente, estarem reunidas as condições para um grande Congresso, quer pela qualidade dos oradores quer pelo programa e a forma como o mesmo foi delineado.
O JornalDentistry –O programa científico estará dividido em vários blocos. Desde o diagnóstico e planeamento até à periimplantite, passando também por diversos protocolos pós extracionais ou casos de reabsorção óssea. Porque consideram que estes temas teriam relevância e o que destaca em cada um deles?
— Prof. Doutor Ricardo Faria e Almeida – O objetivo foi dar aos colegas uma visão atual e prática do que podemos alcançar com cada uma das possibilidades terapêuticas. A ideia é que, do ponto de vista clínico, se consiga transmitir aos colegas o que devemos fazer em cada uma das fases do tratamento com implantes, do diagnóstico ao pós-tratamento, tudo à luz da evidência científica atual e com os oradores que melhor nos podem explicar e aconselhar nestas temáticas. São realmente oradores de renome internacional, presença assídua nos maiores fóruns mundiais de implantologia. Tudo dirigido à clínica do dia-a-dia. Esse é o objetivo do Congresso.
O JornalDentistry –Como contribuirá o Congresso para a discussão atual em torno da implantologia e regeneração tecidular?
— Prof. Doutor Ricardo Faria e Almeida – Creio que será um Congresso diferente por isso mesmo, porque o programa foi delineado tentando responder às questões objetivas que verdadeiramente nos preocupam no nosso dia-a-dia. A ideia foi evitar falar de temas avulsos sem aplicação clínica...Estou verdadeiramente entusiasmado com o que conseguimos criar em termos de programa e com os oradores que teremos entre nós.
Posso dizer, em jeito de conclusão, que a adesão dos colegas tem sido grande e contamos já com muitas inscrições.
Nesse sentido, faço um apelo para que se inscrevam o quanto antes e não deixem passar esta oportunidade, porque o auditório tem lugares limitados.
Entrevista publicada na edição impressa e digital do "O JornalDentistry" de novembro de 2018
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