27º Congresso da OMD privilegiará Investigação e Formação

No ano em que também se assinala o 20º aniversário da OMD, sondámos a comissão organizadora e científica do certame, bem como um conjunto de palestrantes, para conhecer o que diferenciará o Congresso deste ano 

O JornalDentistry – Durante todo o processo de edificação do evento, quais têm sido as principais preocupações da comissão organizadora e científica? 

Prof. Doutora Filomena Salazar e Prof. Doutor Ricardo Faria e Almeida – O Congresso da OMD é uma referência internacional pela sua excelência científica e a nossa preo- cupação foi dar resposta às elevadas expetativas de todos os que se inscrevem no Congresso, sejam médicos dentistas, estudantes de medicina dentária, assistentes dentários, ou outros profissionais. Procurámos tocar todas as áreas da medicina dentária, trazendo o que de mais atual se faz em cada uma delas e os mais reputados oradores. Não esquecemos também os temas direcionados para as equipas que trabalham com os médicos dentistas. Temos um programa muito rico e diversificado, que acreditamos ser impulsionador da formação contínua e da valorização profissional. Vamos, de igual modo, ter a oportunidade de refletir sobre os desafios que se colocam à medicina dentária atual, e até mesmo às políticas de saúde oral. 

O JornalDentistry – O que destacaria no programa científico do Congresso? Que inovações serão integradas este ano? 

F.S. e R.F.A. – Esta edição do Congresso vai ter, pela primeira vez, um fórum de investigação em medicina dentária, um maior número de cursos hands-on, lecionados pelas maiores referências mundiais como Sculean, Juan, Blanco, F. Khoury, um workshop de cirurgia oral e um curso de fotografia, além do curso já habitual para assistentes dentários e os já conhecidos temas socioprofissionais. No total, vamos ter 16 conferencistas de renome internacional e 35 nacionais,  que abrangem temas como a reabilitação oral, implantologia, periodontologia, odontopediatria, ortodontia, endodontia, medicina oral, dentisteria e cirurgia oral. 

O JornalDentistry – O que diferenciará o Congresso deste ano? 

F.S. e R.F.A. – O Congresso da OMD deste ano vai ter várias novidades. Delineámos um layout mais funcional e vamos utilizar uma área maior. Vamos ter sete espaços para o pro- grama científico, serão quatro auditórios e três salas com capacidade para cerca de 3.700 congressistas. Aumentámos ainda substancialmente o número de espaços para a Expo-Dentária Portugal. Por ser um ano especial, no âmbito da comemoração dos 20 anos da Ordem dos Médicos Dentistas, vamos ter um maior número de participantes e, como tal, ampliámos a capacidade dos auditórios. O Congresso é também um momento importante de convívio e, neste sentido, criámos uma novidade, o espaço Meeting Point, uma praça de alimentação concebida para os três dias do encontro e local próprio para uma das principais vantagens de um Con- gresso, que é o networking. Retomámos ainda o jantar do Congresso aberto a todos os participantes, que antecede a festa na Alfândega do Porto, recheada de surpresas. 

O JornalDentistry – Esta edição do Congresso vai ter, pela primeira vez, um fórum de investigação em Medicina Dentária. O que pode antecipar em relação a este fórum? Considera que o desfasamento entre a investigação e a aplicação clínica é cada vez mais curto? 

F.S. e R.F.A. – A medicina dentária portuguesa tem evoluído muito, não somente a nível clínico, como de investigação. A investigação em Portugal é cada vez mais e de maior qualidade. O Fórum de Investigação surge como um espaço de divulgação e dinamização da investigação médico-dentária de caráter clínico e translacional. Num momento em que a prática clínica de excelência se encontra cada vez mais alicerçada na inovação tecnológica e sustentada pela evidência científica, a aposta numa sessão dedicada à Investigação surge como uma evolução natural do programa científico. 

O Fórum conta com a participação de investigadores de todas as escolas nacionais de Medicina Dentária e encontra-se dividido em duas sessões: uma dedicada à apresen- tação institucional das atividades de I&D, tendo em vista a promoção de sinergias na investigação, e outra mais orien- tada para jovens investigadores de Mestrado e Doutoramento. 

O JornalDentistry – Na edição do ano passado do Congresso, a área de exposição da Expo-Dentária foi ampliada. Quais as expetativas, e eventuais novidades, para o Congresso deste ano? Quantos profissionais esperam este ano no Congresso e na Expo-Dentária? 

F.S. e R.F.A. – Face ao sucesso do ano passado, decidimos aumentar a área da Expo-Dentária para 10.677 m2. Temos 135 empresas, e 510 stands de 9m2. Em termos de inscrições, já ultrapassámos todas as fasquias. O número de inscritos não tem precedentes, muito devido à comemoração do aniversário da OMD, com a atribuição de um valor simbólico e excecional. 

O JornalDentistry – Este ano comemoram-se os 20 anos da Ordem dos Médicos Dentistas. Como estão a assinalar a data? 

F.S. e R.F.A. – É um marco histórico para os médicos dentistas e o Congresso faz questão de se associar às comemorações. O Congresso é um culminar de um ano de comemorações. A iniciativa “Encontros com a Ordem” começou em maio, no Porto e passou por 12 cidades, incluindo as regiões dos Açores e Madeira, recebeu parti- ciparam milhares de colegas. 

O ponto alto destes encontros foi a atribuição, pela primeira vez, de um diploma em que se celebra o reconhecimento do título de médico dentista. Também no congresso vamos ter uma cerimónia de entrega de diplomas do título profissional de médico dentista aos membros inscritos na OMD de 1 de janeiro a 15 de outubro de 2018 e que será, doravante, efetuada em todos os congressos da OMD. O lançamento do livro “20 anos da OMD”, que assinala os principais acontecimentos da última década de história da Ordem dos Médicos Dentistas, será também realizado durante o 27º Congresso. 

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