O JornalDentistryo em 2018-7-30
De 8 a 12 de Outubro de 2018, a Universidade de Nova Iorque recebe a Emfils Implantology Week. Focada cem por cento no fluxo de trabalho digital, a formação tem como principal objetivo dar a conhecer aos profissionais esta nova disrupção, que promete revolucionar por completo a medicina dentária e a forma de trabalhar dos profissionais
Gilson Membrive - diretor-geral da Emfils Portugal e Dr. Dárcio Fonseca - médico dentista (*)
O digital é já hoje uma realidade. Embora ainda não seja transversal a todas as clínicas, está a alterar o paradigma da medicina dentária, com francos benefícios para a profissão. Para estarem preparados para a era digital, é necessário que os médicos dentistas invistam em formação que lhes dê a conhecer o que esta revolução traz de novo para o seu dia-a-dia. A Emfils já imergiu nesta realidade digital e, para ajudar os profissionais a acompanha- rem esta evolução, decidiu realizar a Emfils Implantology Week, que, de 8 a 12 de outubro, explorará o protocolo de trabalho digital da Emfils.
“A Emfils está na vanguarda da medicina dentária digital”, afirma Gilson Membrive, diretor-geral da Emfils Portugal. “Os investigadores que executam o desenvolvimento dos nossos sistemas estão ligados à Universidade de Nova Iorque”, salientou. Assim, a empresa, que tem há vários anos no seu portfólio uma linha de componentes digitais, decidiu escolher esta universidade para a realização deste curso.
Fluxo de trabalho digital aporta curva de aprendizagem
“Como funciona o fluxo de trabalho digital na implantologia, da cirurgia à prótese”? É a esta questão que a Emfils Implantology Week quer responder, através de um painel de oradores, portugueses e estrangeiros, que abordarão os diversos temas relacionados com a reabilitação com implantes utilizando fluxos de trabalho digitais. Entre eles encontram-se a Dra. Luciana Sargologos (Brasil), especialista em dentisteria restauradora, que abordará os benefícios do CAD/CAM na implantologia moderna; o Dr. Estevam Augusto Bonfante (Brasil), especialista em reabilitação oral, cuja intervenção se focará na evolução dos materiais restauradores da implantologia digital; bem como o Dr. Dárcio Fonseca (Portugal), especialista em implantologia e que se focará nos princípios para o sucesso na implantologia digital. “Este tipo de formação acrescenta valor às carreiras dos médicos dentistas”, afirma Gilson Membrive. O curso tem, nesse sentido, como principal missão “alterar por completo o modelo de trabalho do aluno participante e da sua clínica, dando- -lhe novas ferramentas, técnicas e soluções que lhe permitam melhorar significativamente a sua rotina diária, o resultado dos seus trabalhos e também o seu retorno financeiro”, enaltece o diretor-geral da Emfils Portugal. A Emfils aproveitará também a formação para apresentar o seu portfólio de scanners intraorais, bem como o seu sistema de cirurgia guiada, que promete ser “inovador e mais simples do que outras soluções que se encontram no mercado”, comenta Gilson Membrive. A revolução digital já chegou à medicina dentária e este é o momento ideal para os profissionais entrarem nesta nova realidade, pois o ritmo de evolução tecnológica é cada vez mais elevado. “A Emfils aproveitou esta mudança no mercado para se posicionar na linha da frente e ajudar os seus clientes nessa transição”, refere Gilson Membrive.
"A tecnologia é uma ajuda, mas não substitui o conhecimento"
O Dr. Dárcio Fonseca(*) é um dos palestrantes da Emfils Implantology Week, com uma apresentação intitulada “What Lies Behind Success
— Qual a principal mensagem da sua intervenção?
Devemos acompanhar a evolução sem nos esquecermos do nosso ponto de partida. A tecnologia é uma ajuda, mas não substitui o conhecimento, tanto do médico dentista como do técnico de pró-tese dentária.
— Como está o digital a impactar a implantologia e a prótese dentária?
A tecnologia tornou-se uma constante na nossa prática profissional diária, por tudo o que esta engloba. Centrando-nos na reabilitação oral, aquilo que sinto que melhorou na nossa prática diária foi a rapidez de resposta, mantendo os padrões de qualidade. Um claro exemplo é o scanner intraoral, que nos permite realizar impressões mais cómodas para o paciente e permite também um melhor armazenamento da informação, que não ocupa espaço físico em arquivo.
—Quais as técnicas, instrumentos e materiais que considera mais importantes para a prática diária?
Os médicos dentistas devem selecionar os instrumentos de acordo com cada caso clínico, tendo em conta as características daquele paciente em particular. Há que ter também um conhecimento rigoroso de todos os tipos de materiais disponíveis, de forma a saber escolhê-los em prol da reabilitação que se vai realizar. Para isso, o médico dentista tem de manter-se atualizado quanto aos materiais e conhecer as suas especificidades.
— O digital ainda não é transversal, sobretudo devido a questões financeira. Ainda existe espaço para “o tradicional”?
Como em todos os outros setores, o digital veio para ficar. Não acredito que será transversal já num futuro muito próximo, mas a longo prazo essa será uma realidade em toda a medicina dentária. No entanto, há-de sempre haver espaço para o analógico, embora seja sempre necessário haver também uma adaptação, isto é, uma certa fusão entra estas duas vertentes.
— Quais as técnicas, instrumentos e materiais que considera mais importantes para a prática diária?
Os médicos dentistas devem selecionar os instrumentos de acordo com cada caso clínico, tendo em conta as características daquele paciente em particular. Há que ter também um conhecimento rigoroso de todos os tipos de materiais disponíveis, de forma a saber escolhê-los em prol da reabilitação que se vai realizar. Para isso, o médico dentista tem de manter-se atualizado quanto aos materiais e conhecer as suas
— Quais vão ser as competências dos médicos dentistas no futuro?
Neste momento não dispenso o meu scanner intraoral, a minha impressora 3D, a fresadora e, acima de tudo, não dispenso o meu técnico de prótese dentária. Essencialmente, tanto agora como no futuro, o que diferencia um excelente médico dentista é a capacidade de saber planear.
— Quais são, no seu entender, as principais chaves para o sucesso de um tratamento dentário?
O planeamento. Falhar no planeamento é planear falhar.
(*) Formado no ISCS-Sul em 1997; Fellowship em Implant Dentistry pela Universidade Miami; Pós-graduações em Implantologia Avançada e Reabilitação Oral Minimamente Invasiva; Professor convidado de diversas universidades: Universidade Católica de Múrcia/Knotgroup; Universidade São Leopoldo Mandic do Rio de Janeiro; CESPU do Porto; Universidade de Granada; Universidade de Cordoba; Faculdade Medicina Denária da Universidade de Lisboa.