Contornos da implantologia atual em foco no II Meeting SOPIO

Depois de ter realizado o seu primeiro meeting na cidade de Coimbra, em 2017, a SOPIO decidiu levar o debate em torno da implantologia até à cidade invicta. Realizado na Alfândega do Porto, o II Meeting da sociedade recebeu este ano mais de 400 participantes. A elevada taxa de par- ticipação no evento deveu-se, segundo o Prof. Doutor Jorge  Pereira, presidente da comissão organizadora, à “elevada qualidade dos conferencistas e relevância dos temas abor- dados”.
O número de participantes foi ao encontro das expetativas da organização, que teve casa cheia da primeira à última conferência. A grande surpresa foi o elevado número de expositores que, enaltece o Prof. Doutor Jorge Pereira, “con- firma o bom trabalho que a SOPIO tem vindo a desenvolver junto de todos os seus parceiros”.

—Partilha de conhecimentos para uma melhor implantologia

A SOPIO, que dedicou o seu II Meeting aos temas mais atuais ligados à implantologia, encontra na partilha de conhecimentos a chave para o sucesso da implantologia e osteointegração. O Prof. Doutor Marco Degidi, professor associado e master de pós-graduação em Implantologia Clínica, na Universidade de Bolonha, com prática privada exclusiva em cirurgia e prótese sobre implantes, foi um dos  palestrantes que mais atraiu a atenção dos congressistas. O médico dentista focou-se nos prós e contras de dife- rentes abordagens à prótese sobre implantes, com especial destaque para o conceito conométrico, desenvolvido pelo próprio para a realização de restaurações fixas implantos-suportadas sem parafusos ou cimento. Este conceito pode ser aplicado em implantes unitários, arcadas parciais ou totais, em próteses provisórias ou definitivas, cargas imediatas ou diferidas, e pode ser combinado com diversos tipos de materiais restauradores. A palestra do Dr. Luca de Stavola, cofundador do Antonianum Institute, em Pádua, Itália, dedicada a “Novos conceitos no aumento do osso alveolar”, foi outra das apresentações que mais despertaram a curiosidade das mais de quatro centenas de profissio- nais presentes no Meeting. “A diversidade, conceptualidade, atualidade e pragmatismo dos temas apresentados foram totalmente ao encontro dos interesses dos colegas presentes, que se motivaram para escutar e discutir a implantologia de forma séria, com base na ciência e na evidência, na procura de soluções para as complicações e limitações com que se deparam na clínica no seu dia-a-dia”, comenta o presidente da comissão organizadora do II Meeting SOPIO.

—Implantologia – para onde caminhamos?

Após ter analisado o que de melhor se está a realizar em implantologia, a SOPIO olha com otimismo para o futuro da medicina dentária e, em particular, da implantologia. “A implantologia tem tirado partido do grande investimento tecnológico e científico, permitindo a apresentação de dispositivos reabilitadores cada vez mais seguros e previsíveis, simplificando as tarefas e aumentando a eficácia das intervenções e a abrangência das suas indicações, elevando a dimensão funcional e estética das reabilitações”, refere o Prof. Doutor Jorge Pereira.
O médico dentista acredita que o futuro da implantologia se desenrolará por diferentes caminhos, onde “o conhecimento das condições individuais do paciente, bem como eventuais limitações anatómicas, biológicas, microbiológicas, fisiológicas e farmacológicas, e das possíveis soluções técnicas, cirúrgicas e protéticas, permitirão certamente erigir melhores soluções”.
III Meeting SOPIO estreia-se na capital em 2019
O próximo meeting da Sociedade Portuguesa de Implantes e Osteointegração já tem data marcada. No ano em que participará no Congresso Anual da European Association for Osseointegration (EAO) e no Congresso Ibérico da International Team for Implantology (ITI), a SOPIO realizará também o seu terceiro meeting, que ruma a Lisboa no dia 25 de maio de 2019. “A direção e a comissão organizadora já estão a preparar um Congresso que se prevê muito rico em termos científicos, seguindo as linhas condutoras que caraterizam esta jovem sociedade científica”, revela o Prof. Doutor Jorge Pereira.

Informações:  www.sopio.pt/pt/