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Foram 87 expositores, nacionais e internacionais, que ocuparam três naves na antiga FIL em Lisboa, com grande exposição de novidades. Para a maioria dos profissionais a exposição serviu para actualizar o conhecimento das propostas do mercado, bem como adquirir novo equipamento para os consultórios. António Mendes, estudante de medicina dentária, diz ao O JornalDentistry que “a oportunidade de contactar directamente com as empresas fornecedoras, ver os materiais e experimentar” é uma das mais valias deste certame. Já Carla Marques, profissional com mais de quinze anos de experiência confessa: “O que me interessa mais no Congresso são as comunicações científicas, mas não dispenso uma demorada voltinha junto das marcas, para compreender como posso melhorar a oferta de serviços no consultório”.
A implantologia dominou boa parte da exposição, com novidades chegadas de toda a Europa, com a Alemanha e a Espanha à cabeça. Os novos materiais estiveram em destaque, com melhores opções. Talvez a tendência mais segura seja a da diminuição do tamanho dos implantes, principalmente a oferta de propostas com apenas apenas quatro milímetros. Estudos revelados nas comunicações científicas apontam para uma sustentabilidade dos implantes de quatro e cinco milímetros tão boa como aqueles mais longos o que torna o tratamento mais seguro, rápido e com melhor longevidade.
A estética também marcou lugar, com extrema preocupação no cuidado de saúde.
Uma preocupação de vários expositores, no entanto, vai para a necessidade de regular a fiscalização da importação de implantes não controlados. Os produtos importados sem o controlo necessário podem vir a causar “mais danos e custos do que benefícios”, diz o profes- sor Eduardo Anitua ao OJD. “Se não houver cuidado, os implantes degradam-se com o tempo e causam mais custos e problemas para o paciente e para o médico”. Anitua acredita que “um controlo de qualidade deve ser pedido às autoridades de saúde”. No entanto, o investigador espanhol, com sede da sua empresa, a JIT, em Vitória, sustenta que “não se deve apontar este ou aquele país como o causador de todos os males”: E acrescenta: “Se o implante tiver origem na Colômbia, no Paquistão ou na China não devemos pensar que é mau. Devemos é questionar se estão a funcionar os mecanismos de controlo de qualidade nas fábricas onde são feitos”. Também Jens Dexheimer, director e VP da Straumann diz ao OJD que “a necessidade de criar produtos de qualidade tem de ser a primeira prioridade de qualquer empresa”.
Para Dexheimer “os pacientes são os primeiros a ter que exigir esta qualidade ao seu médico. Não importa a origem dos produtos se estes tiverem, como a Straumann tem, um apertado controlo sobre os seus produtos”. Mas a questão mantém-se, como avança Anitua: “A periimplantite, por exemplo, é um problema de que ninguém deseja falar, mas deve ser exposto e estudado. Estamos atentos e sabemos que a qualidade dos implantes é fundamental para que, depois, não haja problemas. O custo de um mau implante é muito superior ao que se poupa em materiais mais baratos”. 
UM BALANÇO POSITIVO
Com o aumento de visitas e os expositores em franca expansão, a carta de apresentação do certame cumpriu-se. Afiançavam prospectivamente Ricardo Faria e Almeida e o presidente da Comissão Organizadora, Jaime Alberich Mota: “Podemos assegurar um programa científico de grande qualidade, aliciante, criterioso, com conferencistas de renome mundial, onde certamente encontrará motivos e momentos para reflexão. Procurando sempre fazer mais e melhor, tornamos acessível, este ano, a todos os médicos dentistas, de forma gratuita, o acesso ao programa sócioprofissional. A Expo-Dentária é de entrada livre para todos os médicos dentistas. Está, como já vai sendo usual, totalmente preenchida pelas empresas de maior expressão a nível nacional e internacional, proporcionando o contacto com as mais relevantes novidades tecnológicas do sector”. |
