Ciclo de formação contínua da FDMUL termina com casos de lesões potencialmente malignas

Após cinco anos, a Faculdade de Medicina Dentária da Univeridade de Lisboa voltou a receber o Ciclo de Formação Contínua que, ao longo de três meses, levou até aos seus alunos abordagens multidisplinares, pela mão do técnico de prótese dentária João Neto e do Dr. Felipe Sousa; técnicas atuais de tratamento endodôntico não cirúrgico, apresentadas pela Dra. Mariana Alves; e lesões potencialmente malignas, que encerraram este ciclo formativo, pela mão do Prof. Doutor António Mano Azul. Nesta última formação, o médico abordou uma temática de extrema importância para os jovens futuros médicos dentistas: o cancro oral.

O Prof. Dr. António Mano Azul chamou a atenção para o papel do médico dentista, que é fundamental no diagnóstico de lesões potencialmente malignas, como é o caso da leucoplasia. Dignóstico e prevenção foram as palavras mais utilizadas pelo estomatologista, que alertou para a elevada taxa de mortalidade do cancro oral, que é superior a 50% a cinco anos.

Só este ano, em todo o mundo, dez milhões de pessoas foram diagnosticadas com algum tipo de cancro. Numa sociedade cada vez mais informada, muitos cancros têm vindo a ter a sua taxa de mortalidade reduzida, uma vez que os próprios pacientes são capazes de detetar alterações no seu corpo. No caso das lesões potencialmente malignas, muitas vezes as alterações não são visíveis ao olhar do paciente e o Prof. Doutor António Mano Azul advertiu os jovens alunos, em jeito de mensagem, para a necessidade destes sensibilizarem os seus pacientes para a importância da adoção de hábitos preventivos e, sobretudo, para examinarem cuidadosamente a cavidade oral dos seus pacientes, dado que o cancro oral é silencioso. Um olhar atento do médico.