2014-12-05

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Bacteriologia

CIENTISTAS IDENTIFICARAM UM AUMENTO DE INFEÇÕES CARDÍACAS GRAVES

Cientistas da Universidade de Sheffield identificaram um aumento significativo no número de pessoas diagnosticadas com infecção cardíaca grave juntamente com uma grande queda na prescrição de profilaxia antibiótica para pacientes odontológicos.

Este estudo pioneiro é o maior e mais abrangente a ser conduzido com relação às diretrizes do National Institute for Health and Care Excellence (NICE), que recomenda aos médicos dentistas para deixarem de prescrever antibióticos antes de tratamentos invasivos a pessoas consideradas em risco com infecção cardíaca e Endocardite Infeciosa (EI), que 40 por cento dos casos é causada por bactérias da boca.
A equipe de pesquisadores internacionais, liderada pelo professor Martin Thornhill, da University of Sheffields School of Clinical Dentistry, descobriu que desde que as diretrizes do NICE foram introduzidos em março de 2008, houve um aumento de casos de Endocardite Infecciosa(EI) acima da tendência esperada, em março de 2013 foi constatou-se que houve um aumento de cerca de 35 casos/mês desde a implementação das diretrizes da NICE.

Constataram também que as prescrições de profilaxia antibiótica caíram cerca de 89 por cento (de 10.900 prescrições por mês, antes das diretrizes NICE de 2008, para 1.235 por mês em março de 2013).

Martin Thornhill, Professor de Investigação Translacional em Medicina Dentária da Universidade de Sheffield, comentou: " A Endocardite Infecciosa (EI) é uma infecção rara, mas grave do revestimento do coração, esperamos que os nossos dados irão fornecer as informações que os comitês de diretrizes precisam para reavaliar os benefícios , ou não, da profilaxia antibiótica.
Salientou também que os profissionais de saúde devem esperar que os comitês de diretrizes avaliem as provas e deem o seu parecer antes de se alterar prática clínica atual.

Enquanto isso, os profissionais de saúde e os pacientes devem concentrar-se em manter elevados padrões de higiene oral, isso irá reduzir o número de bactérias na boca com potencial de causar Endocardite infecciosa (EI) e reduzir a necessidade de procedimentos dentários invasivos.

Os dados analisados por uma colaboração internacional de especialistas oriundos da Universidade de Sheffield, Oxford University Hospitals NHS Trust, Taunton e Somerset NHS Trust, e a University of Surrey no Reino Unido , assim como a Mayo Clinic e a Carolinas HealthCare System Carolinas Medical Center nos USA, foram publicado na revista The Lancet e foi apresentado a mais de 19 mil delegados de todo o mundo, na reunião anual da American Heart Association, em Chicago.

A pesquisa foi financiada por uma bolsa da National Heart Charity Heart Research Reino Unido, prestador de cuidados de saúde Simplyhealth e do National Institute for Dental and Craniofacial Research (NIDCR).

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