2015-6-01

NOTÍCIAS

Combate às superbactérias

ESTADOS UNIDOS PREPARAM PLANO PARA COMBATER SUPERBACTÉRIAS

A Casa Branca, anunciou no dia 27 de março um novo Plano de cinco anos para travar a propagação de bactérias resistentes a antibióticos (superbactérias). No entanto, segundo a Reuters cientistas e legisladores estão já a detetar falhas no Plano

Bactéria CRE - Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae

Mais de 20 mil americanos morrem por ano de infeções resistentes a antibióticos. O exemplo recente da urgência do problema, aconteceu num hospital da Califórnia, onde um surto da bactéria CRE (Carbapenem-Resistant Enterobacteriaceae) que não responde aos antibióticos, matou duas pessoas e deixou dezenas expostas a uma iminente contaminação. O plano elaborado por entidades governamental liderada por profissionais de saúde e da agricultura, exige enormes investimentos e mudança de políticas dos órgãos reguladores. As metas incluem reduzir drasticamente as taxas de incidência das mortais superbactérias, dentro de cinco anos, investindo em novas ferramentas de diagnóstico e antibióticos, melhorando a supervisão, uso dos medicamentos, a vigilância e as práticas de prescrição para animais de abate e estratégias e ações para hospitais, além do aumento da colaboração internacional através de ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O presidente dos EUA, Barack Obama, já duplicou o financiamento para a luta contra as superbactérias (US $1,2 bilhões).

A Reuters fez um resumo do projeto:
– Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) vão trabalhar para reduzir as taxas de infecções mais mortíferas e desenfreadas – incluindo a redução de infecções das bactérias C. difficile em 50%, CRE em 60% e MRSA em 50%;
– Os hospitais serão obrigados a lançar consistentes programas de controle de infecção – que incluem melhores técnicas de lavagem das mãos, superfícies e equipamentos hospitalares. Os médicos serão encarregados de baixar as taxas de prescrição de antibióticos aos pacientes;
– Será intensificada a vigilância no sistema de saúde público em relação à prescrição de antibióticos – especialmente quando eles forem distribuídos para infecções não bacterianas, como resfriados;
– Os CDC farão triagens de pessoas que vierem de fora dos EUA, oriundos de países com altas taxas de tuberculose multirresistente. Atualmente, o CDC faz essa triagem em cerca de 500 mil
indivíduos. Dentro de cinco anos, essa taxa está prevista para dobrar;
– O plano prevê a aprovação de dois novos antibióticos e o financiamento de diagnósticos rápidos que serão capazes de apontar rapidamente uma infecção bacteriana ou viral de um paciente. Essa medida deve melhorar os padrões de prescrição.
O plano também sugere que a FDA – agência similar à Anvisa no Brasil – tome medidas adicionais em parceria com o órgão de controle veterinário americano para reduzir o uso de antibióticos na
pecuária – mas a Reuters diz que o relatório não estabelece um objetivo neste aspecto, algo fundamental em um plano de combate às superbactérias.

Fontes: Reuters – Setor Saúde

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