O JornalDentistry em 2017-6-01

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Investigador da Fundação Champalimaud vence prémio Crioestaminal no valor de 20 mil Euros

Bruno Costa da Silva, Investigador Principal do Grupo de Sistemas Oncológicos da Fundação Champalimaud, é o vencedor da 9ª edição  do Prémio Crioestaminal em Investigação Biomédica.

O projeto “O papel dos exossomas das células do cancro do pâncreas no recrutamento de células da médula óssea na formação de metástases no fígado” foi o eleito pelo júri desta 9.ª edição, composto por um painel de 27 cientistas e investigadores, nacionais e internacionais, de centros de investigação de onze países diferentes, entre os quais: Harvard Medical School (EUA), Gottingen Graduate School for Neurosciences, Biophysics and Molecular Biosciences (Alemanha) e Institut Pasteur (França). O investigador da Fundação Champalimaud recebe uma bolsa de 20 mil euros, uma das mais elevadas nesta área de investigação, para desenvolver o seu projeto em Portugal.

 

“É um orgulho enorme, para mim e para a minha equipa, ter recebido este reconhecimento. Estamos muito felizes e motivados para prosseguir este projeto de investigação em Portugal e com elevadas expetativas relativamente aos resultados que daqui possam surgir, nomeadamente, novas perspetivas para o conhecimento de uma das doenças oncológicas mais mortais que existem”, afirma Bruno Costa da Silva, Investigador Principal da Fundação Champalimaud e Vencedor da 9ª do Prémio Crioestaminal em Investigação Biomédica.

O vencedor foi conhecido numa cerimónia no Instituto de Medicina Molecular (IMM), que juntou um conjunto de personalidades da área médica e científica. Os outros dois finalistas, que receberam uma menção honrosa no valor de mil euros, são a investigadora Cláudia G. Almeida, do Centro de Estudos de Doenças Crónicas (CEDOC) da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, e Ioannis Sotiropoulos, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde da Universidade do Minho (ICVS).

“A preocupação em promover e investir na ciência e investigação foi sempre uma das traves-mestras na atividade da Crioestaminal e o prémio em Investigação Biomédica é reflexo disso. Além dos vários projetos próprios que temos vindo a desenvolver ao longo dos últimos dez anos, este prémio é uma forma de contribuir para o desenvolvimento da investigação realizada por jovens investigadores a trabalhar em instituições portuguesas e que procurem dar resposta aos desafios mais atuais na área da biomedicina. O projeto vencedor desta nona edição desvenda novas perspetivas e pretende aumentar o conhecimento sobre o cancro do pâncreas, uma doença muito complexa e extremamente mortal. Esperamos que o Bruno Costa da Silva e a sua equipa de investigação, com o apoio desta bolsa, sejam bem-sucedidos nos próximos passos do seu projeto”, defende André Gomes, Fundador e CEO da Crioestaminal. 

O Prémio Crioestaminal em Investigação Biomédica é dirigido a investigadores, portugueses ou estrangeiros, doutorados há menos de dez anos, que se proponham realizar um projeto de investigação autónomo sob sua responsabilidade numa instituição portuguesa. A 9.ª edição registou uma participação recorde de 97 candidaturas. 

“Foi com muito gosto que nos associamos à Crioestaminal nesta edição do Prémio Crioestaminal em Investigação Biomédica e, maior gosto tivemos, quando vimos a quantidade e a qualidade dos projetos a concurso. As 97 candidaturas apresentadas apresentam um padrão comum: um nível de excelência e rigor científico que coloca a investigação feita em Portugal ao nível dos melhores países do mundo. Todos os participantes estão de parabéns e o prémio entregue ao investigador Bruno Costa da Silva é, também, um reconhecimento ao empenho e profissionalismo de todos os investigadores que se dedicam a estudar e a contribuir para o aumento do conhecimento científico no nosso país”, considera Leonor Saúde, Vice-Presidente da Associação Viver a Ciência. 

 

Sobre a Crioestaminal

A Crioestaminal, fundada em 2003, foi o primeiro banco de criopreservação em Portugal, sendo o maior da Península Ibérica e o quarto a nível europeu. Sediado no Parque Biotecnológico de Cantanhede, emprega mais de 80 colaboradores e tem presença em quatro países da Europa (Portugal, Espanha, Itália e Suíça). É o único banco ibérico acreditado pela AABB (American Associaation of Blood Banks), sendo um dos mais influentes e inovadores bancos de células estaminais do cordão umbilical do mundo. Tem mais de 70 mil amostras recolhidas e criopreservadas desde a sua fundação, sendo o player em Portugal com o maior número de amostras resgatadas e transplantes realizados, com 13 utilizações em oito crianças. Promove um trabalho de referência na terapêutica com células estaminais, com 4 patentes registadas e vários projetos de investigação em curso. Investe, anualmente, cerca de 10% do seu volume de negócios em Investigação & Desenvolvimento.

Sobre a Associação Viver a Ciência (VAC):

A VAC trabalha para fortalecer a relação da Ciência com a Sociedade através de ações que procuram apoiar e comunicar o conhecimento científico. As suas actividades incluem a angariação de fundos privados para apoiar o desenvolvimento de projetos científicos de excelência em Portugal, assim como várias iniciativas premiadas de comunicação de ciência que aliam o conhecimento científico a vários outras formas de expressão cultural e artística através de livros, filmes, conferências, oficinas e exposições. A sua missão passa também por promover a diversidade no mundo científico, mostrando e realçando que os futuros investigadores podem estar em qualquer lado vindos dos contextos culturais e socioeconómicos mais diversos.

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