2015-2-03

NOTÍCIAS

Investigação Biomolecular

NOVO TESTE USANDO DENTINA DETETA O USO DE DROGAS E/OU MEDICAMENTOS

Pesquisadores alemães desenvolveram um método para detetar a presença de morfina, cocaína e ecstasy nos dentes, entre outras drogas e seus derivados. O método, requer muito pouco material para teste e foi baseada em dentes de bovinos especialmente preparados.

Teste a Dentina para detecção de drogas

O método tem sido aplicado com sucesso na análise de material humano arqueológico e pode facilitar o trabalho dos patologistas forenses, antropólogos e arqueólogos.
Os dentes são muitas vezes tudo o que resta após a morte. Não havia até agora nenhum sistema para usá-los em testes de drogas.
Pesquisadores da Universidade de Freiburg Medical Center, liderados pelo Dr. Merja Neukamm e Prof. Volker Auwärter do Instituto de Medicina Legal e Prof. Markus Altenburger do Departamento de Medicina Dentária e Periodontia, conseguiram aplicar com êxito a dentina para análise de drogas . O método pode ser utilizado para detectar mesmo pequenas quantidades de droga."
O processo baseado na dentina de dentes de bovinos, que tem uma estrutura que corresponde em grande parte a da dentina humana, e que esteja livre de contaminação. Para a deteção de morfina, codeína, ecstasy, MDEA, anfetamina, metanfetamina, cocaína e um derivado da cocaína, foram apenas necessárias 0,05 g de substância de dente. As drogas e os seus derivados foram extraídos a partir de 50 mg de pó de dentina, moído por ultrassom durante 60 minutos em metanol, três vezes.

Para o estudo, os investigadores usaram a dentina bovina num ambiente semelhante ao da boca. "A fim de reproduzir os caminhos das drogas o mais natural possível na boca, simulamos cárie dentária leves", explicou o Prof. Markus Altenburger. Depois de nove dias de aplicação, analisaram as partes do dente usando um Espectrômetro de Massa Triplo Quadrupolo, no modo de monitoramento de reações múltiplas e foram capazes de detectar as respectivas drogas.
O novo método oferece uma nova ferramenta de análise não só para patologistas forenses, mas também para os antropólogos e arqueólogos.
Baseado no novo método, os pesquisadores examinaram um dente humano da Idade do Ferro, com mais de 2.000 anos de idade e foram capazes de detetar resíduos de noz de bétel no dente.
Por milhares de anos, a noz de bétel foi mastigada como um estimulante e inibidor de apetite no Sudeste da Ásia.

Fonte: “Determination of drugs of abuse in bovine dentin using liquid chromatography–electrospray ionization tandem mass spectrometry”, publicado em dezembro no Journal of Mass Spectrometry.

Recomendado pelos leitores

Comunicado do Sindicato dos Médicos Dentistas (SMD)
NOTÍCIAS

Comunicado do Sindicato dos Médicos Dentistas (SMD)

LER MAIS

Siga o JornalDentistry nas Redes Sociais
NOTÍCIAS

Siga o JornalDentistry nas Redes Sociais

LER MAIS

Fundação Champalimaud e Generali Tranquilidade unem-se para criar Centro de Rastreio de Cancro da Pele com as tecnologias mais avançadas
NOTÍCIAS

Fundação Champalimaud e Generali Tranquilidade unem-se para criar Centro de Rastreio de Cancro da Pele com as tecnologias mais avançadas

LER MAIS

Translate:

OJD 123 DEZEMBRO 2024

OJD 123 DEZEMBRO 2024

VER EDIÇÕES ANTERIORES

O nosso website usa cookies para garantir uma melhor experiência de utilização.