O JornalDentistry em 2021-12-20

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Portugal não tem capacidade para mais mestrados integrados de medicina dentária

A A3ES pediu um parecer sobre um novo ciclo de estudos de medicina dentária apresentado pela Universidade Europeia. A OMD considera que não há condições para a abertura de mais mestrados integrados de medicina dentária.

A OMD irá dar o seu parecer técnico à candidatura apresentada no prazo legal de 30 dias, mas considera que não há condições para abrir mais vagas em medicina dentária, tendo em conta o número de profissionais a trabalhar em Portugal. 

O mercado de trabalho está completamente saturado. Portugal tem um médico dentista por cada 884 habitantes, mais do dobro dos profissionais recomendados pela Organização Mundial da Saúde, que aconselha um médico dentista por 2 mil habitantes. 
Todos os anos saem das sete faculdades de medicina dentária existentes em Portugal mais de 500 médicos dentistas, um número manifestamente exagerado para as necessidades do país. 
Numa profissão em que a média de idades é de 40 anos, é incomportável continuar a formar tantos médicos dentistas. 
Para a OMD é urgente reduzir o número de vagas existentes e adaptá-las às necessidades reais do país. Nos últimos 15 anos, houve um aumento de mais de mil vagas nos mestrados integrados existentes. Em 2006, estavam inscritos 2711 alunos nas sete faculdades e no atual ano letivo estão inscritos 3771. 
A abertura de um novo mestrado integrado de medicina dentária não tem qualquer racional estratégico. 
A emigração de médicos dentistas tem vindo a subir e nem a pandemia conseguiu travar esta tendência. Mais de 12% dos médicos dentistas tem a inscrição na Ordem suspensa, a larga maioria por estar a trabalhar no estrangeiro. 
A OMD considera uma irresponsabilidade a abertura de mais vagas em medicina dentária seja nas faculdades já existentes seja em novos mestrados integrados. 

Portugal não pode ser uma offshore de formação de médicos dentistas para o espaço europeu. Tão importante como avaliar a qualidade técnica de um novo ciclo de estudos será avaliar as condições de empregabilidade que os futuros profissionais vão encontrar. 

Fonte: Ordem  dos Médicos Dentistas    www.omd.pt

 

 

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