O JornalDentistry em 2016-11-16

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Semana Europeia do Teste VIH e Hepatites 2016

A Semana Europeia do Teste VIH-Hepatites terá este ano lugar de 18 a 25 de novembro. O seu objetivo é sensibilizar a população portuguesa para os benefícios do rastreio de VIH e hepatites virais. O lema: Testar. Tratar. Prevenir.

Criada em 2013 pelo HIV in Europe, esta iniciativa faz um apelo à comunidade europeia para reunir esforços durante esta semana de forma a sensibilizar as pessoas sobre as vantagens de conhecer o estatuto serológico para a infeção pelo VIH. Posteriormente, em 2015, a Semana Europeia do Teste alargou o seu âmbito de intervenção em 2015, juntando ao rastreio de VIH, o rastreio às hepatites B e C, prevalentes em alguns dos grupos mais vulneráveis à infeção pelo VIH.

Em Portugal, a iniciativa é organizada pelo GAT – Grupo de Ativistas em Tratamentos e pela Rede de Rastreio Comunitária, em parceria com 21 organizações da sociedade civil.

Na passada edição da Semana Europeia do Teste VIH-Hepatites, foram feitos aproximadamente 2.000 testes de VIH, dos quais 27 tiveram resultado reativo; 400 testes à hepatite B, dos quais 5 tiveram resultado reativo; e 500 testes à hepatite C, com 12 resultados reativos.

Ao longo desta semana, será possível fazer o teste de VIH e hepatites virais em 26 locais em Portugal continental, geridos pelas 21 organizações da sociedade civil (ver mapeamento em anexo). Os testes são gratuitos, rápidos e anónimos.

Só fazendo o teste é possível conhecer o estatuto serológico para estas infeções. Atualmente, com um tratamento adequado é possível curar a infeção pela hepatite C. De igual modo, através de um tratamento precoce e eficaz para a infeção pelo VIH, é possível atingir carga viral indetetável, tornando assim o vírus intransmissível.

Quem deve fazer o teste
A semana do teste é direcionada a populações em maior vulnerabilidade para o VIH e hepatites virais B e C. Esses grupos incluem, mas não estão limitados a: homens que fazem sexo com homens (HSH), migrantes (incluindo pessoas originárias de países com maior prevalência), trabalhadores do sexo, reclusos e utilizadores de drogas injetáveis.
A situação na Europa
A realidade inaceitável é que 30% a 50% dos 2,2 milhões de pessoas que vivem com VIH na Europa não sabem que são estão infetados pelo VIH; e 50% daqueles estão infetados são diagnosticados tardiamente, atrasando o acesso ao tratamento. A Hepatite B e C afeta cerca de 28 milhões de pessoas que são amplamente subestimadas e subnotificadas. Devido à falta de sintomas estas doenças infeciosas são muitas vezes referidas como a epidemia silenciosa.
Isto significa que muitas pessoas não estão a fazer o teste antes de terem sintomas, o que pode acontecer porque existem barreiras a teste, apesar de os benefícios do diagnóstico precoce estarem bem documentados.
O diagnóstico tardio do VIH e/ou hepatite B e C aumenta a propensão para complicações de saúde e a transmissão do vírus para outras pessoas, em ausência do tratamento. Pelo contrário, a maioria das pessoas que são diagnosticadas precocemente (logo após a infeção), e a quem são prescritos tratamentos antirretrovirais em tempo útil, podem viver uma vida saudável e ficarem também completamente livres do vírus se infetados com hepatite C.

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