O JornalDentistry em 2017-10-14
O crescimento é, e sempre será, um momento de grande indecisão. Normalmente estamos inseguros em relação ao nosso potencial e, por conseguinte, a uma possível instabilidade do mercado
Mesmo que amparada pelos nossos indicadores positivos, tais como o progressivo aumento do número de novos pacientes, ou a ausência de dívidas e métricas financeiras com capacidades indiscutivelmente favoráveis, a expansão continua a ser uma escolha muito difícil.
A contextualização precisa de ser compreendida: vivemos num mundo onde os níveis de ansiedade são cada vez mais crescentes, a busca determinada pela resolução rápida de problemas ou mesmo de disposição para tratar a saúde e/ ou estética são medidos num espaço de tempo cada vez menor. Franquear possibilidades mais imediatas para atender os pacientes deixou de ser uma opção, precisamos de estruturar uma nova configuração de atendimento.
No nosso inconsciente desafiamos barreiras para empreender tal atitude. Estas, por sua vez, possuem tentáculos nos paradigmas que estabelecemos sobre a forma de atuar profissionalmente, compartilhando pouco e delegando menos ainda.
Aliás, saber delegar é, talvez, o primeiro mandamento para assumirmos uma postura para nos habilitarmos a um conceito de expansão.
Esta última está associada à contratação de pessoas, uma dificuldade que também prospera num universo que contempla a pretensão de menos trabalho e mais remuneração. Mas sem pessoas não temos como viabilizar uma agenda de horários disponíveis com mais ofertas e flexibilizações. A nossa convicção é a de que os profissionais que se somam à equipa fatalmente se pagarão: aumento de produção é proporcional ao aumento de receita.
Trabalhar em equipa também é um desafio, mas com retornos positivos previsíveis. Estes podem ser traduzidos em conhecimento aumentado para todos os envolvidos e também incremento na faturação da clínica. Ao mesmo tempo que gerir pode ser um problema inicial, a consolidação do desempenho é corroborada pela melhoria do fluxograma de trabalho.
As oportunidades, quando nos são apresentadas podem estar revestidas e terem o significado de demanda elevada, com muita procura dos nossos atuais e novos pacientes. Estas, por sua vez, não podem ser desprezadas, sob pena de o futuro nos reservar imprevistos.
Enfim, se o momento favorece uma decisão no sentido do que foi descrito acima, ela precisa de ser tomada.
Dica: crescer com indicadores que claramente nos favorecem é um comportamento esperado, não vale a pena postergar indefinidamente.
Autor: Dr. Celso Orth, Graduado em Medicina Dentária - UFRGS; MBA em Gestão Empresarial - Fundação Getulio Vargas; Educador Físico - IPARS; Membro Fundador da Academia Brasileira de Odontologia Estética; Membro Honorário da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética; Palestrante de Gestão na Prestação de Serviços na área da saúde; Reabilitador que trabalha em tempo integral na Clínica Orth - Rio Grande do Sul - Brasil.
Para enviar questões e solicitar esclarecimentos: celsoantonioorth@gmail.com
Artigo publicado na edição de setembro do “O jornalDentistry” edição impressa e digital - clique em “OJD SETEMBRO” para aceder à edição digital.