O JornalDentistry em 2020-10-09
Enquanto debatemos, sofremos e angustiamo-nos com tudo o que gira em torno da pandemia, a vida tem que continuar Temos a oportunidade de continuarmos a evoluir como pessoas e como profissionais.
Existem opções. Querendo ou não, há decisões a tomar. Esta crise afasta-nos do porto seguro, leva-nos para o des- conhecido, que nos expõe aos riscos e incertezas que dominam o mundo neste momento. As verdades absolutas estão praticamente em extinção. O âmago da ideia é estimular e (por que não?) encorajar-nos a seguirmos o nosso caminho. Não apenas numa direção, pois está claro que não existe uma só.
As tentativas são bem-vindas e até necessárias para encontrarmos rumos que nos permitam uma sobrevivência digna e ética num universo inseguro onde alguns conspiram com posturas e comportamentos por vezes negativos e apreensivos. Como devo fazer para ser melhor sucedido? Esta pergunta poderia ter várias respostas e nenhuma total- mente esclarecedora.
No entanto, vamos deter-nos numa das possíveis respostas: quem fica parado, morre. Não no sentido literal, mas no metafórico. Por conseguinte, temos que fazer de tudo para nos reinventarmos. Não só melhorar a nossa capacidade de desenvolvimento perante um mercado à deriva em busca de profissionais que possam fazer a diferença na vida das pessoas e das empresas, mas também estudar e aprender para além do ensino formal da universidade. A curva mais acentuada de crescimento e produção acontece depois da universidade.
Compreender essa necessidade de inovar é parte da solução. Cultivar dentro de nós esse desejo de procura intensa, essa curiosidade insaciável que nos leva a querer percorrer a incansável e interminável trilha da sabedoria. Infelizmente, o mundo profissional está sedento de pessoas inconforma- das e cheio de pessoas resignadas. As resignadas não fazem mais do que o recomendado, pois foi assim que lhes foi dito que deveria ser feito.
Estamos rodeados de regras e verdades inquestionáveis. É mais cómodo aceitá-las do que as infringir. Afinal, contestar exige conhecimento para defender outras posições. Entender que todos os dias podemos acordar e encarnar uma ver- são mais nova, real e não virtual, daquela que éramos ao deitar, pode ser a chave para encontrar novas soluções para velhos problemas (não tão velhos assim).
Somos movidos pelos desafios e crescemos nas dificuldades, principalmente se encararmos os mesmos como aprendizes e não como vítimas. Vamos aproveitar as oportunidades para aumentar o nosso repertório. Exigirá esforço, mas seremos certamente compensados. Vale muito a pena sair da “mesmice” e deixar de ser submisso. Por certo, este pro- cesso de aprendizagem irá tornar-nos menos vulneráveis e mais independentes.
Dr. Celso Orth — Graduado em Medicina Dentária - UFRGS; MBA em Gestão Empresarial - Fundação Getulio Vargas; Educador Físico - IPARS; Membro Fundador da Academia Brasileira de Odontologia Estética; Membro Honorário da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética; Palestrante de Gestão na Prestação de Serviços na área da saúde; Reabilitador que trabalha em tempo integral na Clínica Orth - Rio Grande do Sul - Brasil. Para enviar questões e solicitar esclarecimentos: celsoantonioorth@gmail.com