Vive ou fotografa a vida? Realiza ou artificializa?

A superficialidade é a presença, o avalista passa a ser o registo. Acredita-se que a valida- ção só ocorre se houver imagens, mesmo que a captura das mesmas tenha o custo da sensação rasa de não se usufruir do que está a acontecer.
Exatamente assim pode ser o dia a dia profissional, ou mesmo pessoal, que nos oprime a ponto de achar que se não publicarmos estaremos no escuro. Um escuro que vai impedir a todos de nos enxergarem como seres importantes. A importância, que nem nós nos damos, queremos receber dos outros. Muitas vezes um simples “like”, ou as famosas “palminhas”, fazem-nos acreditar que temos uma certa relevância.
O pior nisto tudo não são as publicações, as fotos e os vídeos, é a perda de tempo precioso para focar em coisas importantes.
Existem muitas publicações e estudos que nos mostram o resultado de não focar e se dedicar ao que realmente importa. Na vida profissional, o facto de não fazer isso implica em recorrência, poderíamos utilizar a palavra “urgência”, pela falta do tempo necessário de fazer bem feito.
Fazer rápido demais, com multifocos desastrados, ocasionam retrabalhos. Estes, por sua vez, geram compromissos inoportunos e não desejados.
O sentido produtivo desaparece, some na ilusão do tempo que destinamos sem obje- tivos e sem consequências.
Qual a razão deste texto? Nada mais do que um simples alerta, sem nenhuma conexão com a realidade, pois esta está definitivamente atrelada à fantasia.

Dr. Celso Orth  — Graduado em Medicina Dentária - UFRGS; MBA em Gestão Empresarial - Fundação Getulio Vargas; Educador Físico - IPARS; Membro Fundador da Academia Brasileira de Odontologia Estética; Membro Honorário da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética; Palestrante de Gestão na Prestação de Serviços na área da saúde; Reabilitador que trabalha em tempo integral na Clínica Orth - Rio Grande do Sul - Brasil.
Para enviar questões e solicitar esclarecimentos: celsoantonioorth@gmail.com